Em meu peito corre um rio
Rio que corre em direção ao mar
Mar que deságua em meus sonhos
Sonhos que miram o brilho da luz
Luz que clareia o escuro caminho
Caminho que adverte o destino
Destino que levo comigo
Comigo levo as flores que você plantou
Flores que colhi na primavera
Primavera que trago nas mãos
Mãos que afagam a terra
Terra que sustenta meu corpo
Corpo que dança no espaço
Espaço que limito no coração
Coração que brinca no infinito
Infinito que são seus braços
Braços que são correntes de carne
Carne que acorrenta o espírito
Espírito que é fuga da prisão
Prisão que são as margens do rio
Rio que corre em meu peito
Peito que se liberta da realidade
Que comprime a ilusão.
(Sérgio Vaz)
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