terça-feira, 8 de outubro de 2013

Fluido

Daqui onde céu e mar se encontram
observo o que restou de nós
na garganta o grito que ainda não se cala
no peito aquele vazio que a tarde visita
saudade
No ar, o cheiro de tudo que é novo
os caminhos, os domingos, os sorrisos
no chão os mesmos pés orientando a pisada
bucolismo maloqueiro...
Aqui, onde me encontro agora
faço tempo pro dia não virar hora
no suor o mesmo sangue
na saliva a mesma fome
E o morro me olha,
e me vejo morro
no vento que em mim passeia
noticias de outrora
daqui onde tempestade me recria
deságuo corredeira
lagrima fria pro mar que não se finda em mim...
(André Pereira)

Nenhum comentário:

Postar um comentário