É dos olhos que sai o mar efervescente dos aquilombados
É do mar que sai os olhos efervescentes dos aquilombados
Nossas vozes, nossos tons são peles aparceiradas
É necessário profundidade pra imantar da terra verdades
Somos língua viva botando fogo no sereno
Na feira, no ônibus, na roda tem
Na fila, no trânsito, elevador também
Com suavidade, com feminilidade, com tudo que houver
necessidade
Observo enquanto errando acerto
Na São Paulo camaleão feminina, da norte mesmo ao sul
extremo
Salves! A quem deve ser saudado
Minha terra tem fagulhas que me fazem enxergar que amor
é inteligência
É preciso exercitar.
(Maria Tereza do livro "Negrices em flor")
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