domingo, 5 de dezembro de 2010

Intrínseco poema

Eu escrevo minhas angústias
relato passo-a-passo meus desejos
De estudos do universo
à translações poéticas
Tornei infinita minha vivenda.

Com os pés na realidade
tateio o ar à procura dos meus sonhos
lanço ao vento palavras e pensamentos
Me procuro, me acho, me despeço de mim.

Sou corredeira
não me acostumo com mesmíces
Pra alguns sou passado
pra outros esperança.

Carrego o fardo das tristezas que causei
e as lembranças dos sorrisos que ganhei
Imprevisível
Não tento prever mais nada do mundo, nem da vida, nem das pessoas
Das batalhas trago minhas cicatrizes e nenhuma medalha

Já fui amado e já fui amante
Hoje sou o que a vida me tornou
Ora poeta ora escritor
ora ator ora espectador.

Quis mudar de vida
quis mudar o mundo
quis mudar as pessoas
Agora quero apenas seguir meu caminho
e ter a honra de olhar pra traz
pra ver a felicidade daqueles a quem deixei meu sorriso.

E quem sabe assim ser bobo
ser guerreiro, ser plebe
ser músico, mágico e bruxo
de um reino que dispensa coroas
Meu próprio reino, um reino em mim!
(André Luiz Pereira)

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