A incapacidade das minhas letras mutiladas
Deixam sem querer, expostas tantas feridas.
Um canto repleto de notas tristes despejadas.
Cuja harmonia se foi, em tantas vindas e idas.
E nos recantos dos versos, frestas denunciam.
O esforço contínuo que ainda em mim perdura
De querer novo começo, mas os gritos silenciam.
Limitando a eficácia do que considero armadura
Frestas evidentes me fazem um ser vulnerável.
Aos sutis e astutos ataques do ego inflamado
Que caça o ponto fraco, tentando faze-lo inábil.
Tentativa vã de ver o muro de arrimo dizimado
Porem se pelas frestas a luz turva meu olhar
Por elas, o norte certeiro me capacita desvendar.
(Glória Salles)
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