sábado, 12 de dezembro de 2009

Latência

Meus poemas estão perfilados
Amotinados e confinados
Dentro de minhas incertezas
Forçam a explosão
Clarão de luzes inquietas
Uns saem imaturos
Outros chorosos
Alguns indicam mutações acentuadas
Mas como uma noturna doutrina
Visito-os em seu delírio de penumbra
Humildemente entendo-os
Alimento-os das melhores sínteses
Que possam existir
A satisfação do verso compreendido
Lava-me ao auto-exílio das sensações amenas
Palavras palavras palavras
Às vezes onde se escondem?
Às vezes tento colhê-las
O que encontro?
Larvas larvas larvas
E minhas inquietações pervagam
Em busca de novas velhas brigas
Pelo relâmpago da criação
(Edner Morelli)

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