De cabeça pra baixo,
as árvores, os prédios, a vida!
Toda forma refletida no cinza metálico do rio
ganha outra dimensão.
O cheiro forte, o cheiro de morte, percorre
o caminho que leva o trabalhador pra penitência.
A ausência de sentido, a improvavel mudança,
o fone no ouvido, a distância.
As mesmas pessoas no vagão, as mesmas que vejo cotidianamente,
mas nunca conversei, cada um no seu mundo essa é a lei.
Ouso as mesmas palavras de ordem: Não fique na região das portas!!
Não Fume!! Não coloque os pés nos assentos!!
Cuidado com o espaço entre o trem e plartaforma!
A massa se desloca acelerada, o atraso, a porta fechada,
o corpo cansado, o tempo, o atual momento,
o nada que reinvento todo dia.
A alegria de final de semana, de fim de mês
a repetição de tudo mesmo que de forma diferente
sigo assim à jogar sementes no asfalto...desesperadamente!!
Por Daniel Fagundes
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