domingo, 21 de dezembro de 2008

Vingança ou saudade

Sua fotografia molhou os meus olhos
Meus olhos molharam sua fotografia
Não sei se era apenas saudade
Ou vigança que estavam tramando.
A resposta talvez esteja
Naquele retrato molhado
Onde antes você sorria
E, agora parece que está chorando.
Sob a caneta que a mão empalma
Sob o olhar que a lágrima umedece
O sentimento toma a alma
O amor segue pela estrada
E o poeta se entristece.

Os teus olhos são o oposto do céu
Duas luas negras, suspensas em alvos firmamentos.
Suas pálpebras são nuvens
A cobrirem os teus sinceros sentimentos.
O amor é chama viva
O coração, uma brasa incandescente.
A saudade, o vento forte que ativa
E acende tudo novamente.

Quem dera
Seus olhos ainda brilharem por minha causa
Quisera
O tempo dar uma pausa...por nós
Pudera
O tempo já não espera e os olhos
não brilham mais.
(Serginho Poeta)

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Cuidado com o espaço entre a realidade e o sonho!

De cabeça pra baixo,
as árvores, os prédios, a vida!
Toda forma refletida no cinza metálico do rio
ganha outra dimensão.

O cheiro forte, o cheiro de morte, percorre
o caminho que leva o trabalhador pra penitência.
A ausência de sentido, a improvavel mudança,
o fone no ouvido, a distância.

As mesmas pessoas no vagão, as mesmas que vejo cotidianamente,
mas nunca conversei, cada um no seu mundo essa é a lei.
Ouso as mesmas palavras de ordem: Não fique na região das portas!!
Não Fume!! Não coloque os pés nos assentos!!
Cuidado com o espaço entre o trem e plartaforma!

A massa se desloca acelerada, o atraso, a porta fechada,
o corpo cansado, o tempo, o atual momento,
o nada que reinvento todo dia.

A alegria de final de semana, de fim de mês
a repetição de tudo mesmo que de forma diferente
sigo assim à jogar sementes no asfalto...desesperadamente!!

Por Daniel Fagundes