Filha do teu adultério
existo
queiras ou não com a mesma pele.
Exilada
sobrevivo contente
na terra dos sem cor.
Com a boa vontade que ganhei
das gentes daqui,
sem ressentimentos nem vergonha
cultivo a mentira da tua grandeza
no existir dos meus descendentes.
E mando mantenhas, oh terra
através dos meus poemas vermelhos:
A cor que me deste!
(Alzira Cabral - poetisa cabo-verdiana)
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