segunda-feira, 28 de junho de 2010

Rimas incertas

Preciso de um pensador
que me ajude a entender de dor
de sonho ,esperança e vida.

Preciso de um pensador
que me ajude a encontrar
uma perdida ilusão
já dormente e esquecida.

No fundo da mente onde nada sinto
apenas choro,e oro
ora no passado,ora no futuro,
presente se esvaindo
virtualmente distorcido
fingido...

Preciso de um pensador
que me ajude a desvendar o mistério
da mente e do coração em duelo
da antítese do que sou e do que quero
do meu ridículo poema sincero.

Preciso de um pensador:
que clareie,à luz da simplicidade
tudo que já sei mas não tenho coragem
que tansforme as rimas tolas em versos
que corra os riscos por mim
que nunca atire a primeira pedra
que resolva e não explique
que ame e não me critique

Um bobo,palhaço,criança:

que saiba sorrir
que ouse partir
e navegar
que saiba esperar
que venha,enfim

Preciso de um pensador
preciso de um lider
preciso de mim...

(Edilene Santos ela posta aqui: http://girassolpoetico.blogspot.com/)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

As três Marias

Eram três Marias...
Dessas que não se veem mais;
que o tempo deixou pra trás.
Uma sorria, outra sonhava, outra sofria...
Uma jurava que seria alguém,
outra vivia num mundo além,
outra chorava por não ter ninguém...

Três Marias simplesmente...
A Maria que vivia contente,
a Maria que andava ausente,
a Maria de alegria aparente.

Uma dançava e acreditava;
outra levitava e imaginava;
outra suportava e se fechava.

Três Marias simplesmente.
Três destinos diferentes...
Uma amou e foi amada;
outra virou conto de fada;
outra se perdeu no breu da estrada.

As três se foram...
Silenciosas, sem escarcéu.
Talvez estejam unidas
num cantinho lá do céu...
A que sorria, a que sonhava, a que sofria.
Ou quem sabe são estrelas.
É só acreditar e vê-las...
As Três Marias...
(Carmen Lúcia)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Inscrição na Areia

O meu amor não tem
importância nenhuma.
Não tem o peso nem
de uma rosa de espuma!

Desfolha-se por quem?
Para quem se perfuma?

O meu amor não tem
importância nenhuma.
(Cecília Meireles)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Em busca do amor

O meu destino disse-me a chorar:
- Pela estrada da vida vai andando,
e, aos que vires passar, interrogando
acerca do Amor, que hás de encontrar.

Fui pela estrada a rir e cantar,
as contas do meu sonho desfiando...
e noite e dia, à chuva e ao luar,
fui sempre caminhando e perguntando...

Mesmo a um velho eu perguntei: -Velhinho,
viste o Amor em teu caminho?
e o velho estremeceu...olhou...e riu...

Agora pela estrada, já cansados,
Voltam todos pra trás desanimados...
E eu paro a murmurar: - Ninguém o viu!
(Florbela Espanca)